Hoje estou muito cansado, acho que passou aquela euforia dos primeiros dias e o corpo ainda está respondendo à diferença de fuso e à minha alimentação nos últimos dias, que não tem sido das melhores...rs Hoje fui à um albergue no centro pra dar uma olhada, ficar lá é uma possibilidade também. Bem manero, organizado, limpo, mas caro. Dei uma volta por ali, entrei numas lojas, comi um pedaço de pizza por AUD 1,50, foi bommm!! rs
Finalmente coloquei crédito no meu celular! Tive que pedir uma ajuda pro meu amigo de Taiwan que estuda na minha turma, isso porque na loja onde fui comprar os créditos perto da escola a atendente era chinesa e eu não conseguia entender sua explicação sobre os planos e créditos para meu celular. Acho que ela falava o mesmo dialeto que o chinoca que está aqui em casa...rs Então dei um toque nesse camarada de Taiwan e ele foi lá comigo. Nem ele conseguia entender o inglês da mocinha, sorte que ambos falavam mandarim e então conseguiram desenrolar. Ele falava em madarim com ela e traduzia em inglês pra mim. Quebrou um galhão!! Essa cara é gente fina abeça, very helpful!! Ontem foi aniversário dele, fez 30 anos. Semana que vem ele vai pra Tasmânia passar ums dias passeando por lá.
Agora à noite dei uma ligada pro Henrique, ele não conseguiu mesmo antecipar o curso, está essa semana toda à toa, deve estar se sentido sozinho abeça lá na homestay que está alojado, sem nada pra fazer. Mas pelo menos ele disse que a casa é show, a dona é uma médica de 33 anos solteira que tem um filhinho de 3 anos. Ele disse que ela é simpática abeça, gente finíssima, não tem dentes podres e nem a unha suja (rs), e faz altas comidinhas gostosas. A casa também parece que é super limpa e organizada, mas não tem internet. Nem tudo é perfeito...rs A gente combinou de fazer algo amanhã, não vou ter aula pois será um dia de treinamento dos professores, então a escola estará fechada. Combinamos de nos encontrar em frente à State Library, no centro pra trocar uma idéia e dar uma volta por ali.
Agora a noite fiquei trocando idéia com o chinoca que mora aqui comigo. Ele veio me perguntar sobre as mulheres brasileiras, conversamos um pouco sobre isso e eu perguntei à ele se tinha namorada na China. Ele disse que nunca teve uma namorada porque sua mãe enche o saco e meio que proíbe, sei lá, uma coisa assim. Disse também que nunca namorou porque é gordo e as chinesas gostam de homens magros…uauaua Estou rindo mas não é de maldade, foi muito engraçado ele falando…rs No final perguntou se eu já havia namorado (eles só pensam em “namorar”…rs) com uma chinesa, e disse que talvez elas gostassem de mim pois eu era magro e tinha o nariz grande. Ninguém merece…rs Então me convidou pra sair com ele e seus amigos amanhã depois da sua aula. De repente eu vou lá um pouquinho no final de tarde só pra distrair um pouco e conhecer mais chinocas…rs
Ah! Hoje mandei um email pra Michaela, aquela australiana que conheci no aeroporto de Buenos Aires, ela é daqui e de repente pode me ajudar com dicas sobre a cidade e lugares pra morar, espero que ela se lembre de mim...rs
Vou lá, boa noite...

Hoje foi meu segundo dia, tranquilo, agora já sei pegar o trem e já sei que tenho que olhar pra direita antes de atravessar a rua. Almocei um macarrão tipo miojo (eles chamam de noodles aqui) com frango que sobrou da janta de ontem. Preparei tudo antes de sair de casa, coloquei numa vasilha de plástico e levei pra escola. Na hora do almoço esquentei no microondas do refeitório e comi lá mesmo, economizei uma graninha..eheh Aqui em Melbourne as pessoas tem hábitos bem diferentes de alimentação, tudo é muito caro na rua, então todo mundo leva sua comida em vasilhas e se vira. Na escola quase todos os alunos fazem isso. Nas ruas, no metrô, em todo lugar você vê gente comendo nas suas vasilhinhas.
A aula foi tranquila, cada dia aprendo mais um pouquinho, impressionante um dia de aula parece que foram 10 dias, até cansa a gente de tanta informação. Bem diferente do cursinho do Brasas e do Wise Up...rs
Hoje jantei macarrão com molho de bolonhesa, igual ao que nós comemos no Brasil mesmo. Separei um pouco pra levar amanhã na minha vasilhinha...eheh O chinoca depois do jantar veio reclamar comigo que não gosta dessas comidas, coitado...rs
Hoje mais cedo recebi um email do Henrique, aquele paulista que conheci no avião, talvez eu encontre com ele no fim de semana pra trocar uma idéia e fazer alguma coisa. A aula dele está programada pra começar na segunda que vem também, tal como estavam as minhas, e parece que ele não conseguiu antecipar pra essa semana como eu. O cara deve estar perdidão aqui, sozinho e sem nada pra fazer...rs
Já estou procurando casa pra morar. Um pouquinho de homesick...
See you tomorrow!

Primeiro dia...

Estou super cansado, acordei às 06h00 da manhã! Não sei como...Barrigua roncando, sono desregulado, fuso todo atrapalhado, totalmente atordoado...rs Fui até a cozinha, dei uma olhada nas coisas. Ontem a noite quando cheguei a Freda, dona da casa, me explicou rapidamente sobre onde ficam as coisas na cozinha, talheres, pratos, comida etc., mas só hoje pela manhã consegui ver direito pois ontem estava escuro (eles economizam muito a luz aqui, ontem ela nem acendeu a luz direito pra me mostrar as coisas...rs) e também era tarde eu queria mais dormir do que qualquer outra coisa. Bom, mas enfim, dei uma volta pela casa pra conhecer, o que vi não era lá muito bom, louças sujas, banheiro sujo, a casa é grande mas toda bagunçada e muito desorganizada. Acho que não dei sorte na minha homestay...rs Mas bola pra frente, era um risco que eu corria. Dei uma lida nas orientações de utilização da casa e nada demais, limpar o que sujar, economizar luz e tomar banho somente uma vez por dia de no máximo 4 minutos!! Isso mesmo, 4 minutos! Aqui na Austrália existe uma grande restrição à utilização de água, eles tem grandes problemas com isso por aqui, passaram por problemas sérios de seca e todo o país vive numa eterna força tarefa pra reduzir o consumo de água. Vocês devem estar pensando "Tudo bem que haja restrição de água, mas 4 minutos é f...!" rs Mas é isso aí galera, e isso não é só aqui em casa não, a maioria das homestays e também as residências comuns tem esse cuidado (saudade dos meus banhos de 30 minutos no meu apartamentinho no Cosme Velho...rs). Isso é bom pra gente aprender a economizar água também, vivemos num país com abundantes recursos naturais, inclusive água, e desperdiçamos muita coisa!! Enquanto aqui, no outro lado do mundo, as pessoas tomam banho somente uma vez por dia e em 4 minutos, e conseguem viver numa boa desse jeito, uma lição pra gente. Eles possuem uma população de 18 milhões de pessoas e essa economia faz uma boa diferença pro planeta, imagina se nós fizéssemos isso também, somos 180 milhões de pessoas, seria uma economia 10 vezes maior, o planeta certamente agradeceria a gentileza...Vamos pensar bem antes de regar os jardins, lavar os quintais, os carros e as calçadas se não for extremamente necessário. E eu prometo que vou parar de tomar banhos de 30 minutos quando voltar pro Brasil...rs
Tomei meu café, cereal com leite, uma maçã e uma xícara de Nescafé. Já de barrigua cheia pensei que talvez fosse interessante ir até a escola onde vou estudar, minhas aulas estão planejadas pra iniciar somente semana que vem, dia 05/04, mas resolvi ir até lá pra conhecer o caminho e a estrutura da escola. Não queria ficar uma semana de bobeira aqui nessa casa fétida...rs Tomei um banho (de 4 minutos), preparei minha mochila e sai pela rua perguntando como fazia pra chegar à estação Tooronga, de onde eu pego o trem pro centro, onde fica a escola. Cheguei tranquilo na estação, fiquei meio perdido pra comprar o ticket, não existem caixas, somente uma máquina onde você mesmo compra seu ticket colocando moedas (coins) ou cédulas de no máximo AUD 10. Eu estava meio sem saber o que fazer e então perguntei pra uma moça como fazia pra usar a máquina e chegar ao meu destino. Ela se chamava Suzi, uma australiana super simpática, foi comigo até a Melbourne Central Station, a estação onde eu deveria saltar, saiu comigo na rua e me orientou como chegar ao meu destino, show. Lá fui eu em direção à escola. Meio perdido na rua, claro. Aqui é tudo ao contrário, o trânsito é mão inglesa e o motorista fica no lado do carona...rs Numa rua de mão dupla, antes de atravessar, você tem que olhar pra direita, não pra esquerda.


Muito estrangeiro na rua, muito mesmo, muito asiático, vocês não podem imaginar quanto asiático tem aqui, parece que estamos em Hong Kong, China, Taiwan, Japão. A impressão que dá é que existem mais asiáticos que australianos em Melbourne. Nas ruas você vê milhares de estabelecimentos específicos para cultura asiática, restaurantes tailandeses, vietnamitas, chineses, japoneses, aqueles letreiros gigantes com as descrições em língua asiática, aquelas letrinhas malucas que só eles entendem...rs

Cheguei à escola e perguntei se eu poderia já participar de alguma atividade essa semana, pois não queria ficar à toa até semana que vem. O cara da recepção ligou pra gerente e ela liberou para que eu começasse hoje!! Great!! Eu então fiz o teste de nivelamento com ela, primeiro umas questões de marcar e depois uma prova oral. Ao contrário do que eu esperava eles me colocaram na turma intermediária, não na iniciante. Comecei hoje mesmo, show! Minha turma é pequena, um mexicano, um cara da Córea do Sul, uma Japonesinha e um outro de Taiwan. O professor é figura, um australiano gordão e engraçado. Até que para o primeiro dia foi tudo bem, preciso treinar meu ouvido, tenho dificuldade de entender ainda o que eles falam...

Voltei pra casa na boa usando as dicas da Suzi. Quando cheguei estava lá meu jantar me esperando, 3 batatas cozidas, salada e frango assado. O meu companheiro de casa é mesmo um chinês, gente boa. O jantar é servido entre 18 e 19h00, eu tenho que estar em casa neste horário senão corro o risco de perder a "bóia"...rs A dona da casa fica na mesa fazendo uma sala com a gente, pergunta do nosso país, nossos planos, nossos gostos, nossa família, nossos hábitos etc. Não sabia se comia, se tentava entender ela, se respondia, se tentava entender o chinoca também...Putz! O sotaque do chinoca ninguém merece, é praticamente um dialeto que mistura mandarim e inglês, f...rsrs Ah, além dos dentes podres ela tem a unha suja também..rs
Vou dormir agora, estou feliz por ter conseguido começar logo o curso... :)

O vôo e a chegada

Acabei de chegar na minha homestay (casa de família). Agora são 23h30 aqui em Melbourne. Desembarquei no aeroporto Tullamarine em Melbourne às 22h00 mais ou menos. Vou falar um pouquinho sobre o vôo. Bom, primeiro fiz o trecho Buenos Aires x Sydnei, dezesseis horas de vôo, cansativo. Vim sentado no assento 69C do boeing 747 da Qantas, fica no lado do corredor. Tem gente que prefere voar na janela pra ficar olhando quando o avião decola e aterrisa. Eu acho até legal ver também mas prefiro sempre viajar no corredor pois é mais fácil sair, se você precisar ir ao banheiro não precisa ficar pedindo licença e incomodando a pessoa ao lado, num vôo de dezesseis horas isso pode fazer muita diferença. Por isso quando fui fazer o check in em Buenos Aires pedi à moça pra me colocar num assento do lado do corredor.
Sempre que vou voar fico torcendo pra sentar ao lado de pessoas agradáveis, tem gente que ronca, é muito espaçosa, mal humorada...rs Quando cheguei ao meu assento havia um casal de australianos (era um assento de 3 lugares), David e Aleischa, pareciam ter mais ou menos ums 60 anos. Eles foram muito gentis, olharam pra mim, deram um sorriso super simpático, apertaram minha mão, se apresentaram, perguntaram meu nome, de onde eu era, o que eu ia fazer na Austrália, enfim, foram muito gentis! Quando eu disse que era brasileiro eles abriram um mega sorriso (mais um) e acharam o máximo. Perguntaram pra qual cidade eu estava indo e a partir daí ficamos horas conversando. Eles vivem em Canberra, capital da Austrália, de Sydnei pegariam um vôo pra lá. David é médico e sua esposa Aleischa é sua secretária. Eles tem uma filha que estuda numa universidade aqui em Melbourne também. Estavam retornando de uma viagem que fizeram pela América do Sul, incluindo Buenos Aires, Ushuaia e, acreditem, Pólo Sul! Passaram 13 dias num barco viajando pela Antártida! Me mostraram as fotos fantásticas dos icebergs e tal. Comentei com eles sobre a aventura que fez o navegador Amir Klink, que ficou meses viajando sozinho num barco pela Antártida. Conversamos bastante, foi excelente pra mim pois pude exercitar meu inglês já antes da chegada. Além deste casal conheci outras pessoas durante o vôo, entre elas um camarada de São Paulo, Carlos Henrique, que por "coincidência" estava vindo pra Melbourne também, tinha largado o emprego no Brasil pra passar ums meses aqui estudando inglês. Trocamos email pra poder manter contato por aqui. Além dele tinha vários outros brasileiros no vôo que estavam vindo pra Austrália estudar inglês também.
No geral o vôo foi tranquilo, houve apenas um problema com um passageiro que se sentiu mal e precisou ser ajudado. Era um coroa argentino, o cara ficou muito mal, a tripulação não sabia o que fazer então o colocou deitado na parte de trás do avião, perto banheiro. Nessa hora a refeição já havia sido servida e as luzes do avião já estavam baixas pra facilitar o sono dos passageiros, quase todo mundo estava dormindo nessa hora. Levantei pra ir ao banheiro e quando vi a tripulação estava bem aflita pois não sabiam o que fazer. Então num momento de iluminação eu disse pra uma das aero-moças que havia um senhor no assento ao meu lado que era médico e talvez pudesse ajudar. Voltei ao meu lugar e disse à Aleischa o que estava ocorrendo e se ela poderia acordar seu marido David (ele estava dormindo) para que ele pudesse dar um apoio à tripulação. Ela se prontificou na hora a fazê-lo, David acordou e imediatamente foi lá ajudar. O pessoal ficou meio tenso mas no final ficou tudo bem. Foi muito bacana a atitude do David, ele ficou o restante do vôo junto ao pessoal dando o apoio necessário e possível naquela circunstância. O argentino ficou mal até chegar em Sydnei. Quando aterrisamos, antes de desembarcarmos a equipe médica do aeroporto de Sydnei entrou no avião e levou o "hermano" de ambulância imediatamente pra um hospital, excelente o trabalho deles! Depois disso passei pela alfândega em Sydnei, tranquilaço, os caras não me perguntaram nada, carimbaram meu passaporte e não me pediram nenhum documento nem fizeram nenhuma pergunta, show! Peguei um ônibus interno que circula dentro do aeroporto pra ir até o terminal de vôos domésticos e embarcar pra Melbourne. Durante todo este período David e Aleischa ficaram do meu lado me ajudando, inclusive pagaram a taxa do ônibus pra mim, que custa 5,50 dólares australianos (AUD) e eu só tinha notas de AUD 100, o motorista não tinha troco. A partir dali nos separamos pois eles iam pra Canberra e eu pra Melbourne. Foi maneríssimo conhecê-los, me passaram todos os seus contatos e disseram pra eu ligar e mandar email caso fosse visitar Canberra durante meu período na Austrália.


Depois disso voei de Sydnei pra Melbourne, uma horinha de vôo. A chegada foi tranquila, o aeroporto é bem organizado, peguei um taxi até chegar aqui na homestay, isso me custou AUD 63. Muito bom pois deixei de fazer uma reserva de transfer do aeroporto pra homestay por orientação do pessoal da agência Austrália Brasil, que me disseram na ocasião que era muito fácil pegar um táxi e sairia mais em conta. Estavam corretíssimos pois o transfer teria me custado AUD 125! Paguei a metade do preço pela corrida do táxi e foi tranquilaço! Nada mal para o primeiro dia..rs Ponto pra galera da agência também, em especial pra Fabiana, que me deu a dica, e que por acaso é de Volta Redonda também, minha cidade natal.
Cheguei à homestay em 30 minutos, fica no subúrbio de Malvern. Aqui em Melbourne quase ninguém vive no centro da cidade, as pessoas vivem nos subúrbios. Diferente do Brasil, aqui subúrbios não são locais pobres, mas sim bairros um pouco afastados do centro onde as famílias em geral tem suas casas. O subúrbio de Malvern é excelente, casas lindas, carrões nas garagens, parece que por aqui vivem pessoas bem abastadas.
Quem veio atender a porta foi um outro estudante que também está vivendo aqui, é um asiático, acho que é chinês (e eu pensei que quando saísse de Angola me livraria dos chineses...rs). Ele foi super gentil, foi até o táxi pra me ajudar a pegar as malas e foi chamar a dona da casa (host) pra me receber. Essa parte é meio bizarra, a mulher é uma coroa de 62 anos de idade, uma irlanedesa que vive na Austrália há 40 anos. Quando ela sorriu eu tomei um susto, seus dentes são quase todos podres, muito podres...rs Parecia um filme de terror, luzes baixas, vento frio, aquelas árvores soltando folhas na frente da casa, e aquela figura bizarra me recebendo na porta...rs Nem nos falamos direito, só o básico mesmo pois já é meio tarde e eu estou muito cansado do vôo. Amanhã quando acordar converso com ela melhor. Aliás vou dormir que estou pregado...

Aeroporto de Buenos Aires

Agora estou no aeroporto de Buenos Aires esperando o vôo pra Sydnei. Tive que fazer uma conexão aqui na terra dos "hermanos" já que eu queria ir pra Austrália pela Qantas Airlines, que já haviam me recomendado como sendo a melhor companhia aérea pra voar pra terra dos cangurus. Então essa foi a opção de vôo que encontrei. Vim do Rio pra Buenos Aires pela TAM, e agora voarei de Buenos Aires pra Sydnei e na sequência de Sydnei pra Melbourne, meu destino final. Reservei um hotel simples aqui no bairro de San Telmo, só pra passar a noite, cheguei aqui por volta das 23h00 de ontem e o serviço de transfer que eu havia reservado estava me esperando no aeroporto Ezeiza pra me levar pro hotel. Como sempre faço, no caminho do aeroporto pro hotel fui trocando idéia com o motorista do transfer, treinando meu espanhol. Adoro falar sobre a sintonia que existe entre as pessoas aqui no nosso planeta quando se tem um certo nível de energia canalizado pra alguma coisa. Então vejam que "coincidência", durante o desayuno (café da manhã em espanhol) no hotel aqui em Buenos Aires conheci uma coroa brasileira de Belém que vive na Austrália há mais de 15 anos, ela estava fazendo escala como eu, porém no sentido contrário, vindo da Austrália pro Brasil pra visitar sua família por alguns dias e depois retornar pra Austrália novamente. É claro que eu aproveitei pra pegar algumas dicas com ela sobre a vida lá, e de quebra ainda tomei um café e tirei uma foto com o atual técnico da seleção argentina, Diego Armando Maradona, que estava de passagem pelo hotel também...rs



Bom, continuando a história da sintonia, estava eu há pouco sentado na porta de número 9 do aeroporto lendo um livro enquanto esperava pra embarcar, de repente parou uma moça do meu lado e ficou me olhando. Eu gentilmente retribui o olhar e dei um singelo sorriso, ela retribuiu o sorriso e me perguntou se já haviamos nos visto antes. Ela falava em espanhol fluente, muito bem por sinal, mas não parecia uma latina, tinha todas as características de uma autêntica australiana. Eu então parei de ler e comecei a conversar com ela. Conversa vai, conversa vem, e vejam só, mais uma feliz "coincidência", era uma australiana que acabou de concluir um doutorado em antropologia numa pequena cidade do Peru e está voltando pra sua cidade natal na Austrália. Seu nome é Michaela e advinhem qual é sua cidade natal. Eureka! Ela é de Melbourne, justamente a cidade em que eu estou indo viver!! rs  Obrigado Universo!! Sempre me surpreendendo com suas "coincidências"...rs
Obviamente aproveitei, uma vez mais, pra pegar algumas dicas e informações com ela sobre Melbourne. Mostrei o endereço da homestay onde vou ficar e perguntei qual era a melhor forma de chegar lá a partir do aeroporto Tullamarine, em Melbourne. Ela então me passou as dicas e me deu seu telefone e email para que eu faça contacto quando chegar lá. Disse ainda que conhece algumas pessoas em Melbourne que podem me ajudar a encontrar uma sharehouse (aquilo que conhecemos como "república" de estudantes aqui no Brasil) quando eu sair da homestay que está reservada por um período de 4 semanas.
Ops, já estão chamando pro embarque, vou lá pessoal, pegar 16 horinhas de vôo até Sydnei e mais 1 hora até Melbourne. See you!!